Como o Toureio.pt noticiou na passada semana, os empresários tauromáquicos vão, dia 30 de Julho, reunir-se em Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), onde um dos temas será as quotas em atrasado de alguns empresários.
O Toureio.pt falou com o Presidente da Direção da APET, Paulo Pessoa de Carvalho, que sobre esta Assembleia Geral extraordinária disse que “a convocatória foi enviada e o ponto de ordem principal tem a ver com situações e regularização de quotas com a APET, esse é o ponto principal. Eu não gosto de lhe chamar ponto principal, é um ponto importante, porque eu acho que é de facto importante as pessoas assumirem as responsabilidades e aquilo que querem no caminho que tomam para todas as suas iniciativas. Naturalmente, sendo empresários tauromáquicos têm que o ser com seriedade.”
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Paulo Pessoa falou ainda sobre a situação actual afirmando que “nós estamos a passar um período difícil no sentido global daquilo que é a festa dos touros. E quando eu digo difícil não é por estar em crise, porque vai acabar ou não vai acabar. É porque obriga a reestruturação e a reestruturação começa com seriedade. Aquilo que se passa na APET…, a APET tem sido uma associação como muitas associações que existem na festa dos touros, com muita carolice, muita boa vontade mas às vezes não chamamos os bois pelos nomes, e aquilo que se passa aqui é que as pessoas estão connosco, apoiam-nos mas quando chega a hora da verdade são muito descontraídas naquilo que são as suas responsabilidades. E é muito nesse sentido que a assembleia geral pretende, uma consciencialização. Nós não estamos à espera que esta assembleia geral seja uma ruptura de nada. Nós queremos que esta assembleia geral seja um factor de sensibilização para a importância a para a forma de nós andarmos aqui.”
Questionado se há muitos associados com as quotas em divida, o Presidente da Direção da APET refere que “eu não quero estar a contar para um Órgão de Comunicação Social aquilo que se passa, um bocadinho, dentro de nossa casa. Mas as pessoas são capazes de pagar uma quota de 2018 e esquecer aquilo que estava para trás. É um bocadinho neste sentido. As pessoas não renegam a APET nem renegam a sua posição enquanto associados mas não assumem com total integridade ou total plenitude aquilo que é a sua responsabilidade enquanto associado da APET”, acrescentando ainda que “é muito mais do que uma questão monetária, o que importa aqui é uma questão e assunção de responsabilidades em pleno. De facto aquilo que se passa hoje, e nós falámos um bocadinho na nossa festa, de tanta falta de profissionalismo, há uma ou duas empresas, que não vou dizer, que roçam aquilo que é o profissionalismo e aquilo que é o desejável. Porque, de facto, há uma quota de amadorismo e descontracção nisto que é levar a festa de touros e depois ela acaba por ter ramificações em todas as outras associações.”
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Pessoa vai mais longe e diz que “amadores são os forcados, são esses que se intitulam, todos os outros têm que ser profissionais. E é um bocado isto que estamos a fazer, numa altura em que entendemos que é crucial, de mudança para tudo. Para tudo. Para tudo aquilo que é a nossa conjuntura social e económica no país, na festa dos touros das duas uma: ou põe os pés no chão e escolhe um rumo para seguir a direito ou isto corre, de facto, riscos de eclodir. E eclodir é aquela queda por dentro, não são factores externos. Aquilo que são os factores externos, se nós nos organizarmos, resistimos. Agora, nós dentro da nossa casa, temos que ser organizados, profissionais, responsáveis.”
Sobre se vai haver expulsões ou suspensões nesta Assembleia Geral, o dirigente diz que “nenhum associado será expulso, proibido de organizar corridas, eu não quero acreditar nisso. Não quero. O que esta assembleia vai ser, de facto, uma chamada de atenção séria e obviamente que a APET quando fala desta forma, eu Paulo Pessoa de Carvalho, enquanto presidente da APET, não tenho qualquer força para falar com os meus colegas empresários para cumprirem com aquilo que está ao abrigo dos estatutos. Mas se houver uma ou duas empresas neste país, que estejam solidárias, e estou a falar de forcados, de toureiros, ganadeiros, entenderem que o rumo, de facto, é um rumo de alinhamento, de cumprimento de responsabilidades, eu estou convencido que as pessoas não podem estar fora, têm que estar dentro. E é isso que vai acontecer.”