No próximo sábado, 30 de junho, a Praça de Touros de Monforte receberá uma corrida de touros à portuguesa.
Recentemente, em declarações ao Toureio.pt, o Presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lagem, lamentava o facto de parte da praça estar interdita e de não haver possibilidade de aproveitar fundos europeus para requalificar a praça.
Gonçalo Lagem começou por dizer que “as obras mais recentes são há cerca de seis anos, foram feitas pelo anterior executivo”, lamentando que “não foi intervencionada a bancada com aquilo que eram as exigências, precisava de uma obra muito mais profunda, também muito mais dispendiosa. As obras que foram feitas foi a sua requalificação no que diz respeito aos espaços obrigatórios pelo IGAC, pelas casas de banho, enfermaria, etc, zonas de segurança.”
Já sobre a bancada que há alguns anos está interdita, o edil monfortense afirma que “em termos da bancada que está interdita, tem que ser uma obra estrutural e de grande dimensão, e obviamente não há apoio financeiro nos quadros comunitários. Como sabe a União Europeia quase que vedou os apoios para praças de touros ou coliseus, e foi uma forma de contornar aqui há uns anos, chama-se Coliseu do Redondo porque foi uma forma de contornar o financiamento. O Coliseu de Elvas foi uma forma para contornar o seu financiamento.”
Gonçalo Lagem, afirma mesmo que “estamos a ser prejudicados porque não podemos fazer intervenções que respeitavam a nossa cultura e a nossa história e não podemos fazer porque não temos apoios para nada.”
Questionado se o município não tem fundos disponíveis para avançar para umas obras de requalificação da praça, o autarca diz que “estamos a falar de uma obra de milhões de euros, e com orçamentos de cinco milhões e com escassíssima receita própria que nós temos, é impensável arrancarmos para uma obra dessa natureza. (…) A não ser que fizéssemos um empréstimo de quatro ou cinco milhões e nos hipotecássemos por 20 anos para intervir na praça de touros. Estamos a ser lesados, a ser desrespeitados por não aceitarem aquilo que é a nossa cultura e a nossa essência, enquanto povo e enquanto história local, da qual João Moura foi o grande impulsionador.”