Domingo, Dezembro 8, 2024
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Coliseu Figueirense: Casa cheia em noite de aniversário

O Coliseu Figueirense recebeu, este sábado, a segunda corrida de touros da sua temporada. Nesta corrida celebrou-se o 125º aniversário do Coliseu Figueirense.

Em praça os cavaleiros Rui Salvador, Luís Rouxinol, o rejoneador Andrés Romero, Luís Rouxinol, Soraia Costa e Joaquim Brito Paes. Lidaram-se touros das ganadarias Santos Silva e António Valente. Actuaram os grupos de Forcados Amadores de Coruche, Monforte e Coimbra.

Antes das cortesias destaque para o descerramento de uma placa simbólica da celebração do 125º aniversário do Coliseu Figueirense.

Rui Salvador enfrentou um touro da ganadaria Santos Silva que exigia conhecimentos. O cavaleiro de Tomar esteve bem, com uma brega de qualidade e com bons ferros, destaque para dois curtos. Uma lide na qual Rui Salvador demonstrou algumas das valias que o tornam uma referência nesta arte, com os bandarilheiros a terem participação activa mas não excessiva.

Luís Rouxinol enfrentou outro astado da ganadaria Santos Silva. E que bem toureou o cavaleiro de Pegões. Não há touros bons ou maus para este cavaleiro, que vence e triunfa na raça e na qualidade que imprime às suas actuações. Excelente brega e dois excelentes curtos. Terminou com par de bandarilhas de boa nota, cravado à segunda, após uma primeira passagem em falso.

O rejoneador Andrés Romero enfrentou um touro da ganadaria António Valente. O rejoneador espanhol teve uma lide de mais a menos. Começou bem nos compridos e nos primeiros 3 curtos. Boa brega e cravagens de valor mas depois veio a menos. Primeiro começou com desplantes,  o cavalo escorregou e acabou colhido, rapidamente recompondo-se. Mas depois disso apostou no número do “caballito” com imponentes levadas mas sem efeitos práticos. Uma actuação que poderia ser triunfal, terminou como inconstante.

Luís Rouxinol Jr. teve uma actuação intermitente, frente a um touro de António Valente. Numa actuação frente a um touro que pedia contas, destacam-se dois curtos de qualidade, mas também algumas passagens em falso.

Soraia Costa teve por diante um complicado touro da ganadaria António Valente. A cavaleira fez o possível por cravar a ferragem da ordem, contudo sem atingir o triunfo.

Joaquim Brito Paes encerrou as actuações, frente a um touro da ganadaria Santos Silva. O jovem Brito Paes tem boas maneiras de equitação e demonstra classe. Numa actuação com altos e baixos, destacam-se dois bons curtos e algumas passagens em falso. Mais esforço do que inspiração. Contudo, notas de destaque e vontade de o rever mais vezes.

No que diz respeito às pegas a noite foi séria e também a pedir contas, mas sem direito a informação no sistema de som. Pelos Amadores de Coruche pegaram João Laranjinho, à primeira tentativa e Vitor Cardante, à quinta tentativa.

Já pelos Amadores de Monforte foram à cara João Maria Falcão, à primeira e Diogo Pereira, segunda tentativa.

Por fim, pelos Amadores de Coimbra pegou Edgar Graciano, à primeira e depois Pedro Marques, que pegou à sua primeira tentativa, após ter dobrado Pedro Casalta, que tentou por três vezes.

Destaque pela positiva, para o fortíssimo aplauso tributado ao grupo de Coruche, quando saia da trincheira, após pega do quarto touro (à quarta tentativa). O público a reconhecer a valia do grupo, após um momento menos bom. O público aplaudiu também o grupo de Monforte, após pega do 5º touro. E ainda a chamada do primeiro ajuda do grupo de Monforte ao ruedo, após pega do 5º touro.

Em disputa estava o prémio bravura para a melhor ganadaria na generalidade, com o júri composto por Miguel Amaral, Vitor Pantaleão e Pedro Espinheira, com a vencedora a ser a ganadaria Santos Silva.

Os touros pediram contas e nem todos os intervenientes souberam ter capacidade para ganhar os duelos. A forcadagem teve noite difícil e os cavaleiros também, sendo que estas noites são precisas para que se perceba o patamar em que os artistas se encontram. São estas corridas que podem (ou não) gerar novos contratos futuramente.

Os touros tiveram apresentação e comportamento dissemelhante, contudo sem pontos de maior a elogiar ou criticar. Uma noite que exigiu, volto a repetir, credenciais (aos artistas) e nem todos as conseguiram apresentar

A Tauroleve, liderada por Ricardo Levesinho, conseguiu lotação esgotada (de acordo com as normas da DGS) na 2ª corrida da temporada no Coliseu Figueirense.

Corrida dirigida por José Soares, assessorado por Carlos Santos.

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