Era grande a expectativa que se vivia em redor da corrida do passado sábado, 27 de maio, na Moita do Ribatejo, em que o empresário Rafael Vilhais apostou, e bem, no mano-a-mano entre Diego Ventura e Andrés Roca Rey. Uma expectativa que não passou disso mesmo, pois a corrida resultou num espectáculo vulgar muito por culpa dos touros lidados que nada transmitiram.
Os touros de Maria Guiomar Cortes Moura, saíram bem apresentados, dentro do seu tipo, mas a transmitirem pouco, limitavam-se a perseguir os cavalos. Os touros de Juan Pedro Domecq, eram feios e com pouca classe.
Diego Ventura, realizou três lides muito semelhantes, em que pôde mostrar a belíssima quadra de cavalos que têm e o domínio que tem sobre ela. Ladeios, sortes cingidas e tudo mais que os “Murube” permitem, fizeram vibrar as bancadas. De destacar a ultima lide em que Ventura chamou Mara Pimenta, sua sobresselente, para realizar parte da lide a duo e que resultou da melhor forma.
No que diz respeito às pegas, a noite não teve grandes dificuldades, pois também aqui os touros nada transmitiram, pegaram pelo Aposento da Moita José Maria Bettencourt, á primeira, Nuno Inácio, à primeira e Leonardo Matias, à segunda.
Na parte apeada esteve o peruano, Andrés Roca Rey, que esteve por cima dos seus oponentes. Viram-se bons momentos de toureio, mas sem nunca romper para o triunfo desejado pelos aficionados. Destaque para a primeira faena em que se pôde disfrutar algo de bom toureio. Quero ainda destacar o jovem português Joaquim Ribeiro “Cuqui” que incompreensivelmente não é contratado e que na Moita saiu sempre ao quite de Rey e mostrou grande nível! Muy Bien Cuqui!
De salientar que este espetáculo contou com cerca de ¾ de casa. Ao contrário das expectativas, a casa não encheu, muitos pode ser os factores, mas confesso que desta vez não consigo entender, pois o cartel era muito bom e arriscado e apenas vejo talvez um motivo: a falta de competição.