Elvas tradicional corrida de toiros por ocasião da romaria de São Mateus, a mais antiga do Alentejo em honra do Sr. Jesus da Piedade.
O maestro João Moura abriu a noite perante um sonso de Romão Tenório que possibilitou ao maestro de Monforte cravar com correção, mas sem emoção; uma lide que pouco chegou às bancadas, mas que pelo labor do cavaleiro, que teve que meter tudo, foi premiada com volta.
A primeira pega da noite foi executada por Francisco Oliveira dos forcados amadores de Évora à primeira tentativa.
Sónia Matias brindou a sua lide a Marcos Bastinhas; um toiro que cumpriu, ao qual Sónia depois de alguma irregularidade conseguiu terminar em bom plano com o público completamente rendido e a pedir mais; a razão deste triunfo final foi devido à exuberância do "Atrevido" com o qual cravou dois violinos; deu volta acompanhada do forcado António Machado dos forcados académicos de Elvas que pegou sem problemas ao segundo intento.
Marcos Bastinhas apresentava-se hoje na sua terra numa corrida com uma carga emocional bem forte; a ausência e o mau momento que atravessa o seu pai Joaquim Bastinhas; resultado do acidente que foi vítima, são o motivo disso mesmo.
Marcos esteve por cima do seu oponente; um toiro com seiscentos e doze quilos que pouco transmitiu, cravou a ferragem da ordem com correção; crava no final dois ferros de palmo já sem toiro, e remata com o tradicional par de bandarilhas que ficou à segunda tentativa. Foi premiado com volta.
Manuel Rovisco, forcado completo e carismático do grupo de Évora apenas se conseguiu fechar à quinta tentativa.
João Moura teve no seu segundo mais um desencastado de Romão Tenorio; uma lide com o brilho possível onde a ferragem da ordem foi cravada ao sabor das suaves investidas do astado; rematou com três ferros de palmo onde apontou pormenores no remate das sortes. Deu volta acompanhado do forcado João Bandeiras dos académicos de Elvas que pegou com correção à primeira tentativa.
Sónia Matias brindou ao púbico a sua segunda atuação; uma lide um furo abaixo da sua anterior; sobretudo pela falta de entrega do toiro; cumpriu a sua parte; sacou novamente o "Atrevido" e voltou a cravar dois violinos; terminando em bom plano. Deu volta acompanhada do forcado Martim Caeiro dos forcados Eborenses que pegou com acerto ao primeiro intento.
Marcos Bastinhas brindou ao púbico a última lide da noite; uma boa actuação do jovem cavaleiro Elvense; onde faltou mais uma vez toiro para a vontade e saber de Marcos. Entregou-se, citou de praça à praça e deixou ferros de boa nota com ligeiras batidas ao puto contrário; mais uma vez o público exigiu-lhe o famoso par de bandarilhas e de seguida tributou-lhe fortes aplausos.
João Restolho dos forcados Elvenses encerrou o capítulo das pegas ao primeiro intento. Volta para os dois artistas.
Cerca de três quartos das bancadas preenchidas: numa corrida que ficou marcada pela falta de emoção do curro de toiros da ganadaria de Francisco Romão Tenório.