Praça quase cheia na primeira corrida das duas que compõem a Feira Taurina de São Mateus, em Elvas.
Uma corrida de seis cavaleiros e três grupos de forcados, onde havia um prémio em disputa para a melhor pega.
António Telles abriu praça com uma lide correta, dentro do classicismo que o caracteriza.
Rui Salvador despediu-se do público elvense no ano da sua retirada das arenas, com uma grande atuação e grandes ferros. Foi homenageado no início da corrida pelos seus quarenta anos de alternativa, aparentando não acusar o tempo, continua «o cavaleiro dos ferros impossíveis».
Marcos Bastinhas também triunfou na sua terra, com uma lide alegre e emotiva que chegou forte às bancadas, ferros de boa nota, terminando com o tradicional par de bandarilhas.
Miguel Moura também deixou bom sabor na atuação no coliseu de Elvas, bem na brega como sempre e com ferros como mandam as regras.
António Prates pode dizer-se que foi o triunfador da noite, pisou terrenos de compromisso, ferros de grande nota, superiormente rematados, fez levantar as bancadas com o seu toureio alegre e vibrante, mas sobretudo verdadeiro.
António Telles Filho viu o touro que lhe tocou em sorte ser devolvido aos currais por problemas de locomoção. Lidou o sobrero com desembaraço e ofício, agradou bastante ao público e foi fortemente aplaudido.
O prémio da melhor pega foi ganho por João Craveiro, dos Forcados Amadores de Coimbra, na última pega da noite, à primeira tentativa. A outra pega dos forcados da terra dos estudantes foi executada também à primeira tentativa por Pedro Silva.
Pelos Forcados Amadores de Arronches, pegou o cabo Manuel Cardoso à primeira tentativa, e Rodrigo Abreu também ao primeiro intento. Pelos Forcados Académicos de Elvas, foram caras o cabo Luís Machado e David Trancarruas, ambos à segunda tentativa.