No passado domino, o músico João Gil surpreendeu todos com um comentário nas redes sociais direcionado para os “cavaleiros da tauromaquia”.
Um comentário que causou algum alvoroço no meio taurino e que levou, João Gil, a explicar o seu comentário.
Uma mensagem que passamos a transcrever na íntegra:
“Boa Tarde a todos,
Ontem, tuitei que os cavaleiros da tauromaquia se deviam dedicar à disciplina de Dressage … e pronto, já se sabe. Acho que fui um pouco provocador , reconheço.
Participei há uns tempos num encontro no Campo Pequeno e voltaria a aceitar o convite com muito gosto.
Convém então deixar claro a minha opinião acerca da Tourada e seja o que Deus quiser.
Venho da Covilhã como é por muitos sabido e ao longo dos anos fui construindo uma opinião acerca da Tourada, opinião essa que evoluiu nalguns aspectos.
Assisti a muitas touradas tanto em Portugal como em Espanha e por muitas vezes fiquei galvanizado pela arte de tourear a pé e pela coragem de pegar um touro bravo.
Não é preciso recorrer à Literatura, Pintura ou Música para compreender ou defender o ritual .
Nunca apreciei a parte do toureio a cavalo e em muitos casos encontrei mais ” circo ” do que coragem apesar de reconhecer o mérito de lidar a cavalo.
Compreendo os argumentos dos defensores dos animais, e dos que condenam o espectáculo que envolve animais e acima de tudo compreendo a evolução da sociedade em todos os seus aspectos.
Como se pode ver, estou dividido num aparente turbilhão contraditório e é nesta confusão de estado de espírito que defendo a continuação da Tourada em moldes diferentes:
Eliminar o sangue da Praça através dos velcros no animal e na ponta dos ferros.
Assim, salvamos a Festa e toda a indústria que existe à sua volta.
Sei que tudo isto é polémico e para muitos absurdo mas é no debate que se pode encontrar a Luz.
É no entanto inaceitável a intimidação dos que apenas vêem uma cor e recorrem ao insulto como prática comum.”