Os menores, os miúdos e miúdas são o futuro de qualquer nação, não podem ser proibidos em nome de qualquer ideologia, ou através de qualquer lei.
A democracia deve ser um lugar de liberdade, ou então não terá valido a pena qualquer luta ou vitória sobre todos os tipos imposições, como a anunciada pelos PAN e BE, arrastando o governo do PS (desgovernado e titubeante) com a chantagem do voto para o OE 2021 passar, são no mínimo uma pouca-vergonha!
Falo evidentemente do anúncio dos Projectos de Lei, que visam proibir os menores de 18 anos de assistir e participar nas realizações de âmbito tauromáquico, bem como proibi-los de assistir a transmissões televisivas de touradas em horário nobre.
Num Portugal assoberbado, pela ameaça latente do Covid 19, pela desgraça do abandono da população no que toca aos cuidados de saúde (menos intervenções cirúrgicas, menos consultas de todo o tipo, falta de recursos humanos e materiais nos hospitais, etc.) e pelo ostracismo a que são votados os nossos idosos dos lares face à pandemia que os atinge ferozmente e sem piedade, é no mínimo ridículo que estes senhores cuja agenda política é apenas desestabilizar o nosso regime democrático!
Onde fica a convivência entre as pessoas, essa que deve existir na nossa sociedade através da tolerância, respeitando tradições, usos e costumes ancestrais (sim, nós que somos um País com História), e não importando modas e ditames que nada têm a ver com a nossa cultura mediterrânica.
É impensável que tenham o apoio do PS e do seu líder!
Coarctar através de uma lei “negociada”, a liberdade de assistir a uma tourada, a um festival taurino, a uma tienta, a uma largada de toiros, a um festejo popular taurino, o pertencer a uma escola de toureio, aos forcados juvenis, o querer ser novilheiro ou cavaleiro, mais não é que uma atitude ditatorial de negação da liberdade que a nossa Constituição consagra, lembra uma nova forma de Inquisição (algo que nós não queremos recordar), para aniquilar a arte e a cultura tauromáquicas.
Já assinei a petição que corre contra a proibição. Onde estão os aficionados e a gente do toiro que ainda não o fizeram? Logo pode ser tarde demais!
Que esperamos para acordar e defender aquilo que está em causa, o nosso gosto pela tauromaquia, por tudo o que nos foi transmitido pelas gerações anteriores, por esse legado cheio de valores, ética e moral que temos a obrigação de “contra ventos e marés” defender, para podermos continuar a ter a liberdade de escolher?
Vivemos um momento difícil da nossa convivência enquanto País que preza a democracia, pouco a pouco vamos cedendo a interesses obscuros em nome do politicamente correcto, vamos importando padrões que nada têm que ver com a nossa tradição, usos e costumes, tudo o que conforma a nossa identidade cultural.
Alguém imagina o que será impor essa doutrina negacionista na minha terra, Barrancos, onde os “putos”, as crianças nascem absorvendo e vivendo com entusiasmo aquele amor pelos toiros que foi a herança deixada pelos pais e avós, de geração em geração?
Será de admitir que se corte o sonho de brincar ao “encerro” e à tourada na Praça, naquele local mítico e emblemático que se transcende de humanidade, de convívio entre todos, que nos implica na vivência colectiva enquanto Povo, que conserva com orgulho as suas raízes e se transfigura para enfrentar o desafio do futuro?
Tal como nos anos difíceis da polémica (1997-2001), em que fomos atacados pelo fundamentalismo animalista que nada que seja diferente às suas concepções respeita, nós soubemos resistir e congregar apoios que nos permitiram conseguir a excepção em 2002. Houve e solidariedade por parte de todos os aficionados de Portugal e do mundo taurino e isso foi determinante para a nossa vitória, mas o exemplo de resistência do Povo Barranquenho que se revelou indestrutível nesse momento tão delicado da nossa vida colectiva, deve ser o pólo orientador da nossa posição perante tal ataque.
Tal como respeitamos as diferenças dos outros, exigimos respeito por aquilo que gostamos, a festa de toiros, e não admitimos que limitem a nossa liberdade de ser amantes das nossas tradições ligadas à tauromaquia.
Ontem, como hoje, continuo orgulhoso da minha terra e da minha gente, e não aceitarei proibições!