No próximo dia 11 de Julho a Praça de Touros de Estremoz, será o palco para a primeira corrida do pós-confinamento. Uma corrida de touros à portuguesa que será promovida pelo empresário Luís Miguel Pombeiro, que concedeu uma grande entrevista ao Toureio.pt.
Na 1ª parte da entrevista Luís Miguel Pombeiro começa por dizer que “dia 11 vamos avançar e dar o pontapé de saída, não temos as condições ideais para o fazer, não era isso que estávamos à espera, mas ao abrir esta corrida não quero dizer que concordo com aquilo que está neste momento feito, de maneira nenhuma”.
Pombeiro deixa claro que “no fundo o que queremos demonstrar com esta corrida, ao ser a primeira a nível mundial, é exactamente que estamos vivos, mas não é isto que queremos, não são estas condições, tem de haver melhores condições para podermos avançar com a tauromaquia noutras praças”.
Questionado sobre porque realizar a primeira corrida em Estremoz, o empresário refere que “é uma praça que considero muito bonita, que foi reabilitada e tem condições a todos os níveis e numa altura destas importava fazer a experiência numa praça que oferecesse condições sem problemas de maior e como sabe este ano não há festas e portanto não há datas fixas.”
Já sobre as medidas e este estas são muito diferentes das medidas de outras áreas culturais, Luís Miguel salienta que “as medidas são semelhantes em certos aspectos, não são semelhantes é em relação aos actores, no teatro os actores tiram a máscara para entrar em palco, mas ninguém os obrigam a fazer testes, na Tauromaquia obrigam os forcados a fazer testes”, ora se “se há uma responsabilização social nos actores, deveria também haver uma responsabilização nos forcados”, considerando que “há um excesso de zelo em relação aos forcados, que não há para as outras artes”.
Já sobre o orçamento para esta corrida em relação às corridas antes da pandemia, Pombeiro salienta que “são mais acréscimos de despesa, mas que têm de ser feitas, se não paramos todos”.
Nesta 1ª parte da entrevista Luís Miguel Pombeiro faz ainda um elogio, afirmando que “quem tem andado na frente de batalha é o Paulo Pessoa de Carvalho e a ele é que se devem as conquistas que já tivemos”.
A certo ponto desta entrevista o empresário afirma que “os forcados são os que mais falta fazem à festa, porque em qualquer terra do Alentejo os forcados conseguem movimentar as pessoas”.
Sobre a restante temporada Pombeiro avança que este “só teremos programadas 30 a 35 corridas este ano”, destacando ainda que tem esperança que “a Prótoiro consiga a inconstitucionalidade da medida do IVA”.
Já sobre os actuais números da Covi-19 no Alentejo, o empresário diz que não o assustam, referindo que “os números que nos têm que assustar numa pandemia é o número de internamentos”.
Veja na integra a 1ª parte desta grande entrevista a Luís Miguel Pombeiro: