Mais uma vez iremos falar da Festa dos toiros e especialmente, sobre o que vamos vendo e “ouvindo” nos órgãos de comunicação que nos vão trazendo as novidades do mundo taurino.
Hoje trago-vos o que podia ser um agradecimento, embora encapotado de revolta, ao deputado André Silva do PAN.
Vamos ser um bocadinho sarcásticos: este senhor teve o “bom senso” de propor que os incentivos a serem distribuídos pelos vários sectores culturais, não fossem atribuídos ao sector da tauromaquia.
Esta proposta feita na Assembleia da República foi chumbada por todos os restantes partidos, com a abstenção do BE.
Isto mostra que a Assembleia onde se encontra representada toda a Nação Portuguesa, rejeita por larga maioria, as teses defendidas por essa organização, cujo único objectivo é terminar com as corridas de toiros.
Ao que sabemos, hoje, o Primeiro-ministro disse não haver apoios especiais para a tauromaquia. Isso também não lhe foi pedido. Apenas lhe pedimos para não sermos discriminados em relação às outras artes.
Não somos uma arte menor! Quem são ”os sabichões da corte” que avaliam o que o povo deve ou não gostar?
Já lá vai o tempo em que até isso era escrutinado.
Isso já acabou!
Como dizia o Zeca, e com muita razão: “A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustem, só nesta rusga, não há lugar para os filhos da mãe”. Nós sabemos que temos pela frente uma luta dura mas que a razão está do nosso lado e isso torna-nos mais fortes, na defesa dos nossos objectivos e filhos da mãe para nos porem pedras na engrenagem, dispensamos bem. Não os queremos nesta “rusga”.
Sabemos que os toureiros, especialmente os cavaleiros se estão a mexer.
Não sei como estão as outras classes profissionais mas era hora de atirarmos uma pedrada no charco e dizer que estamos vivos.
E como estamos nós, na escrita? Haverá movimentações, no sentido de nos serem reconhecidos os direitos concedidos aos órgãos de comunicação social “oficiais”? Será que para a próxima mini temporada, poderemos ensaiar algumas alterações a ponto de as tornar efectivas para 2021? Ou continuamos cada um em seu canto convencido que sabe mais que os vizinhos dos outros quintais?
Como sou um optimista incorrigível, espero que este atraso (e que atraso!) no início da temporada nos tenha aberto algum espaço, para pensarmos o futuro da nossa Festa, desde os toiros à escrita, passando pelos restantes sectores.
Como diz o título da canção de Carlos Renno / Arnaldo Dorfman Black, “Está escrito nas estrelas” que a festa não acaba aqui.
Somos como os forcados, podemos levar algumas cacetadas, podemos ter um toiro poderoso pela frente que nos vai desfeitear à primeira, mas levantamo-nos, sacudimos a jaqueta, compomos a figura, certificamo-nos que “os ajudas” estão lá e vamos a nova tentativa que há-de ser a derradeira e nos fará sorrir, ao erguer o troféu.
Nunca foi tão preciso o espírito de grupo, como agora. Estamos aí “para o que der e vier” e todos “à uma”, vamos a ele!
E aos aficionados: Esta vai por vocês!