Enrique Ponce não teve a sorte do seu lado nesta última corrida que encerrava a feira de Olivença; tocando-lhe o pior lote. No que abriu praça poucas condições teve de bordar o toureio, um toiro sem raça, força ou casta que como todos os outros pertenciam á ganadaria de Juan Pedro Domeq, e que, como todos os outros contribuíram para que do espectáculo pouco ficasse para recordar. Ponce no seu segundo e pese embora o esforço que teve para sacar algo onde não havia, não beneficiou em nada da simpatia do público que mostrou o seu desagrado perante o rumo que levada o curro da tarde. Palmas nos dois toiros que lidou foi a “prenda” que Ponde levou neste ano em que cumpre vinte e cinco anos de toureio, a grande maioria deles passando sempre pela feira de Olivença contando com o record de presenças na mesma.
Morante de la Puebla teve uma primeira faena com grandes momentos de toureio agradando ao respeitável e fazendo soar os primeiros e únicos “Olés” da tarde, uma meia estocada fez-lhe perder a orelha e foi ovacionado; o segundo do seu lote não tinha força nem para se ter de pé, teve o de La Puebla de o despachar sem perder tempo, mas desta vez a grande e merecida bronca foi mesmo para o toiro.
Alejandro Talavante brilhou numa tarde cinzenta e aproveitou o pouco de investida que havia para aproveitar dos dois toiros que lhe couberam em sorte e com ela não deixar os aficcionados, que quase enchiam a praça de Olivença fossem embora da feira com mau sabor de boca. O primeiro de Talavante foi devolvido e correu-se o turno, o que saiu deixou-se lidar, e a persistência e arte de Alejandro permitiram-lhe o corte de um troféu; a esperança ficou assim até á saída do sexto e último da tarde, também ele um sobrero de Juan Pedro Domeq que Talavante teve que cuidar ao máximo para lhe conseguir cortar uma orelha e assim conseguir abrir a porta grande, facto que efectivamente aconteceu. Por momentos, o seu Amigo Ricardo, pensou que este ano tinha que levar o galo de volta…