Nos últimos meses têm-se assistido ao anúncio de várias entidades e grupos de aficionados gerirem praças de touros em Portugal, como é o caso de Santarém, Chamusca, Azambuja, entre outras.
O Toureio.pt quis saber se o paradigma empresarial tauromáquico está a mudar e falou com o Presidente da Associação Portuguesa de Empresários tauromáquicos, Paulo Pessoa de Carvalho, que começou por referir que “em todas as situações em que isso tem acontecido, eu penso que são situações boas”, dando o exemplo da “Chamusca, vou falar porque é um caso pontual – O Centenário, pode ser aqui um papel pontual a Santa Casa da Misericórdia. Não sei. Mas parece-me a solução correcta.”
Paulo Pessoa falou também “no caso de Azambuja, parece-me bem, as pessoas da terra estão envolvidas. As praças ou vão para lá empresas com competência e profissionalismo para montarem bons espectáculos, e ganhar dinheiro, ou então para andarem especuladores, que representam este ou aquele toureiro, querem por este ou outro grupo de forcados, colocar este ou outro curro, então é preferível que elas estejam nas mãos de associações de gente local que consegue, teoricamente, congregar muito mais mobilização na terra.”
Ainda sobre a gestão de praças por associações, Paulo Pessoa de Carvalho diz ainda que “no caso e Santarém, tem lá oito pessoas antigas do grupo de Santarém, empresários com sucesso na sua vida, contactos com muita gente que já fez projectos fantásticos como foi a Feira do Touro no CNEMA, nos dois anos que aconteceu, e que tem mais do que provas dadas e portanto conseguem capitalizar ali uma série de network que lhes vai permitir vender bilhetes a empresas. Sei que têm sido altamente aguerridos, para a praça de Santarém, penso que é a melhor solução que podia ter acontecido. (…) Eu penso que isto será óptimo para a festa. Arrisca-se em 3 espectáculos a colocar 20 mi pessoas na Praça de Santarém. E isto são números essenciais para nós. Penso que para Santarém vai ser fantástico assim como para a tauromaquia. E penso que há outras terras em que isto poderia acontecer.”