As redes sociais, e em especial o Facebook, chegaram e fizeram felizes e famosas muitas pessoas, em especial na Tauromaquia portuguesa. Área onde o protagonismo tende a ser maior à arte que se pratica na arena.
Na passada sexta-feira realizou-se, em Tomar, uma corrida onde foram lidados touros de São Martinho. Infelizmente não pude estar presente, mas o Toureio.pt esteve presente e reportou esta corrida, dando a conhecer ao minuto todos os pormenores, relatando a realidade do que aconteceu.
Não estive presente, mas não me inibo de comentar algo que me despertou a atenção, mas que infelizmente muitos ignoram e preferem alimentar o seu ego no Facebook com comentários ao estilo de doutores sabedores de tudo, mas depois descuram o mais relevante.
Poderia agora falar de como foram as pegas em Tomar, de como os touros São Martinho sairam e de como a emoção chegou à bancada, mas isso já foi relatado factualmente no Toureio.pt sem qualquer tipo de texto publicitário e muito menos enganoso. Aqui relatamos factos, ou seja, executamos de forma profissional a função de jornalista.
Ao invès de ir para as redes sociais tentar tapar o sol com a peneira e desvalorizar o trabalho dos outros, só porque não se sabe fazer igual ou melhor, venho aqui falar de um tema que me deixou deveras preocupado, as condições das enfermarias das praças de touros.
No final da corrida de Tomar, o Toureio.pt entrevistou a Médica de serviço a este espectáculo, que denunciou condições precárias naquela enfermaria e afirmou ainda não ter material nem se quer para fazer uma sutura! Isto sim preocupou-me!
Preocupa-me saber que algumas empresas tauromáquicas não se preocupem minimamente com a segurança dos artistas e espectadores, pois neste caso de Tomar, sei que na manhã do espectáculo ainda não havia médico contratado para a corrida, e depois lá se conseguiu uma Médica, que por acaso até era a primeira vez que estava naquelas funções.
Fico preocupado que ainda se realizem corridas de touros sem que haja as condições mínimas na enfermaria. Isso sim, preocupa-me.
É certo que contratar uma equipa médica, como a exemplar equipa do Dr. António Peças, fica caro…mas será que se trata de um custo ou de uma prevenção essencial?
As declarações da Médica, de serviço em Tomar, deveriam preocupar. Será que naquele dia foi aprovada uma enfermaria que não tinha condições, para o espectáculo se realizar? E se os seis Forcados assistidos tivessem sofrido ferimentos ainda mais graves? Como seria a estabilização dos Forcados para serem depois transportados para o Hospital? Pois! Podem dizer que não seria na enfermaria que iriam salvar a vida, mas iria-se acautelar e estabilizar todos os parâmetros para que tudo corresse bem num eventual transporte, porque se assim não fosse, bastava haver bombeiros numa praça… e mesmo assim até esses podiam estar em risco porque também cobram… Enfim é tudo à lei do menor custo e que depois pode custar graves limitações para a vida ou até mesmo outras coisas que nem quero falar, nem pensar…
E o papel dos Delegados do IGAC nestas situações? É certo que não têm conhecimentos médicos, mas… hão-de ter olhos para ver que faltam os serviços mínimos.
Esperemos que nos próximos tempos nada aconteça.
Quanto aos escribas de Facebook (porque não têm mais onde escrever… ), preocupem-se com o que realmente importa e deixem-se de criticar quem realmente trabalha e faz alguma coisa pela Festa, já que da vossa parte pouco se sabe que tenham feito algo…
Será mesmo assim, Sr. Doutor(a)?
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