A Praça de Touros Daniel do Nascimento, na Moita, recebeu na passada sexta-feira, um espetáculo de promoção aos novos valores.
Num espetáculo dirigido por Ricardo Dias assessorado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva, correram-se reses de várias ganadarias para jovens com vontade de singrar. A praça teve menos de um quarto de espectadores presentes. Para pegar os novilhos lidados a cavalo estavam os forcados amadores de Vila Franca de Xira, cujo cabo é Vasco Pereira e os forcados amadores do aposento da Moita, cujo cabo é Leonardo Mathias.
Marco Santos foi o primeiro cavaleiro em praça, que tal como os restantes era ainda amador. Entre alguns pescanços e outros melhores é de destacar o ferro posto com o segundo cavalo que utilizou. Bonito e ferro de boa marca.
Para pegar este novilho saltou Gonçalo Pereira de Vila Franca. O novilho arrancou pronto e deu uma pega vistosa.
Volta para cavaleiro e forcado.
Mariana Avô veio lidar o segundo da noite. Pareceu-nos muito “verde” mas com vontade. Estivesse o novilho como estivesse, ela ia e tentava que ele se virasse para lá ficar o ferro. Umas vezes com velocidade a mais, outras entrando por tás (é muito mais fácil escrever à cerca disto do que estar lá. Não tenho dúvidas, mas julgo que assim podemos contribuir para a sua evolução).
Pegou este novilho Vasco Alho da Moita. À segunda tentativa com uma enorme primeira ajuda ficou com garbo. Valente!
Volta para cavaleira e forcado.
Paco Canales veio mostrar que está uns pontos à frente dos seus companheiros e por isso mais exigente consigo mesmo. As sortes à tira saíram bem desenhadas e os curtos foram ficando, mas não soube dosear o tempo da lide e terminou já depois de um aviso convicto do director de corrida que ele ainda quis reverter.
Rodrigo Camilo, de Vila Franca vem à liça para pegar o seu oponente que arranca de longe, o forcado fica na cara resultando uma pega bonita.
Foram autorizadas voltas ao forcado e ao cavaleiro, contudo, ambos optaram por agradecer no centro da arena.
José Santos veio para tourear um novilho feio de córnea, cabano e que se previa são ser fácil para a pega, no entanto, o cavaleiro foi dando conta do recado com um ferro comprido muito bom, mas os seguintes nem tanto. Nos curtos mostrou-se algo atrapalhado, mas cravou os ferros da ordem.
José Maria Duque, da Moita, foi o escolhido para pegar o novilho cabano e resolveu o problema de não haver córnea que o ajudasse fechando-se à barbela com o grupo a ajudar bem.
Os novilheiros pareceram-me ainda mais verdes e os bandarilheiros também. De Sérgio Dominguês, Manolo Luque “El Exquisito”, Leonardo e Martim Torrão, ficam na memória alguns passes dispersos e o tércio de bandarilhas de Martim Torrão ainda que com um falhanço no terceiro par.
Há aqui gente com valor mas o caminho faz-se caminhando e cá estaremos para os aplaudir noutras ocasiões.